quinta-feira, maio 04, 2006
Túmulo de Gelo
Senti-me perdida nas noites de angústia que engelhavam os meus medos. Nada era o mesmo sem a tua presença. O tudo era o silêncio, a morte, a mágoa da tua ausência.
Relembro as frias brisas que me cumprimentavam em tom de solidariedade, cada momento, que me sentava á janela olhando a lua, negra e bela, sangrenta e triste, em jeito de animismo.Era como se estivesses estado sempre aqui. Nunca o foi e talvez nunca o será. Só tu é que não vês a luz que de ti emana, do teu doce e terno olhar. Não te esqueças que também o gelo derrete e as lágrimas viram cristal.
É o tempo, o ditador de todas as sentenças, a minha foi há pouco proferida. Bebi do sangue impuro para me libertar de ti mas não consegui. És e serás sempre quem mais admiro no meio desta doce escuridão. ----past/present/future...
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1 comentário:
A "prisão", por vezes, é doce e viciante...
Let the games begin! Again ;)
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