quinta-feira, novembro 10, 2005

mortos a uma so voz

poema de fernado ribeiro

a voz que sai e que se
descola, com violencia,
da carne dos teus labios.

a voz diferente
do que,em murmurio,aguarda
e do que, em grito,sabe ser aguardado

o erro a uma so voz
passeia quente nas tuas veias,
perde-se no sopro narcotico
com que,outra vez,me calas.

o erro diferente de quem sonha
e de quem, se sabe sonhado

a tua voz hoje e diferente
e a voz de quem espera e de quem se sabe esperado.


"algo verdadeiro e nada inocente da minha parte-sorrow"

1 comentário:

Winterdarkness disse...

Bem este poema é lindo! Faz-nos sem dúvida reflectir... Keep up the good work! Kisses sis.