domingo, junho 26, 2022

Certeza!

 Num mundo tão cheio de dúvidas e incertezas, há algo que sei com toda a certeza:

-Sou amiga de quem é meu amigo

-Sou sentimental

-Sei que vou trabalhar arduamente para conseguir os meus objectivos: ter a minha casa, e criar a minha própria família, pois no meu ver nada se conquista de mão beijada

- Sei que ainda me muitas vezes me doa a alma, farei das tripas coração, para lidar com as decepções do dia a dia, ainda são algumas, mas, o tempo já e ensinou a cair, levantar, cair, levantar, e, de cada vez, mostrar que as feridas da queda também se curam; ficam sempre as mazelas, cicatrizes, mas, apenas, para nos relembrar, a saber colocar os pés ao andar, para evitar novos tropeções no caminho de pedra da vida.

-Sei separar o profissional/pessoal, acredito, que temos de esboçar um timing para cada coisa, por vezes, é difícil distanciar, mas, com trabalho e mestria consegue-se.

-Sou daquelas românticas incuráveis, que, ainda acredita, em finais felizes, em bouquets de rosas, e, na conquista dos impossíveis.

-Quando estou triste ou em baixo, encontro na música, e nas noites de vento, o meu porto de abrigo, faz-me ligar á terra e saber o que fazer para "melhorar" na minha melancolia.


Tudo isto para dizer, que está sempre nas nossas mãos decidir, em que rumo comandamos a nossa vida. O cruzamento que escolhemos te de ser muito cauteloso, pois é o que dita, os novos caminhos e impasses que se nos apresentam.

Ser ou sentir-me feliz, é tudo o que mais quero! Isso implica certos desafios, como o facto de querer muito ser mãe, e por motivos de saúde me ser muito difícil. Também existe o factor de encontrar a pessoa certa para que tal aconteça, e, cada vez mais me parece ser uma missão impossível, mas, há que manter o foco, para que os sonhos se realizem!!

quinta-feira, junho 23, 2022

Sussurros do Vento

 Sentei-me, ao fresco, na esperança de ter notícias de ti, mas, não aconteceu.

 Entendi, que, apenas podia falar com o vento, pois só ele estava ali para mim. Passaram-se segundos, minutos, horas, e tudo me pareceu um vislumbre de eternidade, perante falta de resposta.

 Talvez, escutar o silêncio fosse a derradeira resposta que necessitava ouvir, mas, não compreendo, porque o silêncio é aquela linguagem, que, sem som, tanto nos diz; que nos perfura a alma e 💜, nos faz cair de joelhos, implorar que termine! Porque é que o silêncio existe, para todos aqueles que gostam de ouvir sons?

 Cingi-me aos sussurros do vento, qual assobio acelerado, gritante, e de ataque direto á alma; só depois de os ouvir, pude escutar com clareza, todos os sons que me rodeavam, os pássaros, os cães, os carros, todos os elementos do nosso dia a dia, mas faltava o som mais importante: o da tua voz, nem que fosse para dizer que estava tudo bem...e de repente, o silêncio!!!

sexta-feira, junho 17, 2022

Manias n2

 Como todos, sou um bicho de manias, ou pelo menos, penso ser.

Existem certos rituais, que não posso deixar passar nos meus dias, pois já fazem parte de mim e da minha essência, e mudá-los de repente, parece-me muito ser contra natura!

O primeiro é beber dois cafés logo pela manhã, depois de acordar ( sim tem de ser em duas chávenas e não pode ser um abatanado porque não tem em mim o efeito psicológico desejado).

O segundo, e, dos que mais me caracteriza, é dormir em casulo embrulhada num lençol ou cobertor (sim, nem no Verão eu consigo dormir destapada, nem quando durmo na varanda a apanhar ar, tenho de estar sempre embrulhadinha).

O terceiro é adormecer a ouvir música (salvo as raras exceções em que caio para o lado quando estou extremamente cansada psicologicamente). Aliás, até no banho eu ouço música🤣.

Depois há aquele meu vício tramado de comer apenas a côdea do pão ( descasco o pão todo e quando vamos a ver só há miolo).

Dançar á chuva. Adoro o cheiro e terra acabada de ser molhada pelas gotas de chuva. Adoro ver relâmpagos e tempestades!! Adoro olhar a lua á noite, num dia muito frio de Inverno.

E depois existem os rituais sazonais, ir á feira do livro todos os anos, e ver as luzes de Natal na Baixa de Lisboa- sim eu adoro a Baixa de Lisboa.

Assim de repente não me lembro de mais nenhum mas é curioso como deixamos de nos aperceber que fazemos estas coisas que nos são já tão naturais!!

quinta-feira, junho 16, 2022

Coração de Ametista

 Engraçado... como já não escrevia aqui desde 2010. Muita coisa se passou nestes últimos 12 anos!!!

Ainda assim, vir aqui ler e saborear algumas memórias (mesmo as mais negras), faz-me sentir, que embora o tempo passe, e, algumas coisas mudem, existem certos círculos que teimam em ser viciosos, que estarão sempre presentes.

Se existe algo, que sei,  acerca da minha pessoa, que já tentei por várias vezes "trabalhar", e, até está um pouco melhor, é que não consigo falar ou expressar os meus sentimentos. Por vezes pareço uma pedrinha de gelo, ou tento parecer, mas a verdade é que não sou feita de lata; e, poucas são as pessoas que podem dizer que já me viram verdadeiramente a expressar o que sinto. Não é que seja uma questão de me sentir superior a alguém, como alguns possam pensar. A verdade é que, eu literalmente, bloqueio no que toca a dizer como me sinto, e, se o fizer é mesmo porque ultrapassei o meu limite da "fortaleza" que tento ser.

A "pequena brutidade", "Dracarys", "Gremlin", "Dragão de Komodo", também sabe chorar, rir, desesperar, pedir desculpa ( e, se o fizer, é mesmo porque essa pessoa é mesmo importante para mim), e, sabe acima de tudo, o que lhe custou emocionalmente a construir este castelo de frieza, que é apenas uma barreira para ninguém mais me tentar magoar... só que de vez em quando, lá cai, uma telha do telhado, deixa entrar um pouco de chuva... e zás... lá está ela a matutar em como se deixou levar, por aquele calor que ainda teima em emanar daquela pedra, que ela tenta encarcerar no centro do seu peito...

Maybe one day, I´ll find THE WAY to say in words what goes inside my 💜

quarta-feira, junho 15, 2022

Caminhos Entrelaçados

 Junto á janela sinto o teu respirar a tocar-me o rosto, nas noites frias de Dezembro. 

Olho a lua, com a certeza de que estamos sob o mesmo tecto, estrelado, limpo, amargurado.
Esboço um sorriso mal uma pequena brisa se levanta! É como se te aproximasses do meu canto de desassossego onde permaneço, cega e inconstante, com a mão pousada no coração sofrido! Reflicto o meu olhar de espera, directamente para as estrelas com a esperança de que saibas que te olho e guardo infinitamente. Caminhei nas pedras da calçada, quentes, e sentei-me na areia fria, tocando levemente a água que nos separava. Senti que ao estar perto do mar, era como estar ao teu lado a segurar-te as lágrimas vertidas pelo teu olhar de cristal, triste e encantador. Nas tuas lágrimas eu vi a beleza da tua alma, ainda que as tentasses esconder! Já a noite ía alta, escrevi o teu nome na areia, esperando que o mar o levasse, e mal as ondas tocaram a essência do teu ser, senti-me livre, porque soube que te iria rever. 
Enquanto a magia quebrava a noite clara, separei-me, por momentos, da água límpida que és tu. 
Descansei na janela esquecida, o telhado abandonado, que sou eu, cruzando o olhar nefasto e impuro com o paraíso celeste. Neste recanto, sinto-me perdida e confusa, faço um pacto com o demónio, porque os anjos já há muito caíram do meu céu, e, tento apagar da memória, o fruto proibido. Sou o nada, quero o nada, porque só sem o tudo conseguirei ser feliz. És o meu desassossego jamais abandonado. Espreito-te eternamente pelas cortinas da tua janela e observo-te deitado, olhado, enclausurado, no teu canto amargurado.